Mais de 30 mil pacientes esperam na lista por um transplante de órgãos no Brasil. Por isso, em setembro, acontece uma mobilização nacional pela conscientização sobre a doação de órgãos, o Setembro Verde. Afinal, todos são potenciais doadores de órgãos.
Atualmente, a negativa familiar é o principal motivo para a não doação. Assim, apenas 32% dos potenciais transplantes são realizados. Só para exemplificar, entre os órgãos e tecidos que podem ser doados após a morte, estão rim, pulmão, coração, válvulas cardíacas, fígado, córnea, ossos, pele, pâncreas e intestino.
Com funciona a lista de espera por um transplante
A lista de espera para transplantes é gerenciada pelo Sistema Nacional de Transplantes e abrange pacientes de todo o país. Quando um órgão compatível é doado, o transporte é feito pelo avião da Força Aérea Brasileira, em uma parceria entre o Ministério da Saúde e Ministério da Defesa.
A compatibilidade é determinada por tipo sanguíneo, dosagem de substâncias no sangue e características físicas. Quanto mais compatível, mais alto na lista o paciente estará. Um dos objetivos do Setembro Verde é aumentar o número de doadores para, consequentemente, aumentar as chances de compatibilidade com os pacientes na fila.
Transplante de córnea
Entre os órgãos e tecidos que podem ser doados após a morte está a córnea — uma membrana translúcida que recobre a superfície do olho. Algumas doenças e acidentes podem prejudicá-la causando baixa de visão e/ou cegueira e para corrigir o problema é necessário realizar um transplante de córnea.
O transplante é um procedimento rápido. Nele, o médico oftalmologista retira a córnea doente e substitui pela saudável e a visão leva apenas algumas semanas para se restabelecer. Graças a evolução tecnológica, hoje, é possível escolher a melhor córnea doada para cada paciente, com resultados mais satisfatórios e menor risco.
Para se tornar um doador de órgãos, basta comunicar a sua família
Quem autoriza a doação são os familiares. Portanto, é importante que eles estejam cientes do desejo da pessoa tornar-se doadora após a morte. Um único doador pode salvar até oito vidas por meio dos rins, coração, pulmões, fígado, pâncreas e também tecidos como ossos, tendões, pele, córneas e valvas cardíacas.